No Brasil, considerando todas as faixas etárias, o meningococo B está em segundo lugar entre as causas de doença meningocócica invasiva, sendo responsável por cerca de 20% dos casos em todas as faixas etárias. Com a introdução da vacina meningocócica C na rotina de vacinação infantil, e a consequente redução no número de casos causados pelo meningococo C, o meningococo B passou a representar, em menores de cinco anos, o principal agente etiológico da doença meningocócica.
A vacina meningocócica B recombinante possui quatro antígenos (proteínas subcapsulares) do meningococo B: NHBA, NadA, fHbp e PorA. Não é uma vacina conjugada, como a meningocócica C ou ACWY. É produzida por uma tecnologia chamada vacinologia reversa, que através do sequenciamento genômico da bactéria, identificou algumas destas proteínas que são comuns à maioria das diferentes cepas de meningococos B circulantes no mundo, embora em proporções e magnitudes de expressão que podem diferir de um país para outro. No Brasil, essa combinação de antígenos permite estimar uma cobertura de aproximadamente 80% dos meningococos B que ocorrem em nosso país.